quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Óptica ondulatória versus corpuscular



Na segunda metade do século XVII, descobertas interessantes foram realizadas e novos conceitos foram introduzidos. O fenômeno de difração foi descobert, através da observação de bandas de luz na sombra de um bastão iluminado por uma pequena fonte.Em seguida, Robert Hooke (1635-1703) refez os experimentos de Grimaldi sobre difração e observou padrões coloridos de interferência em filmes finos. Ele concluiu, corretamente, que o fenômeno observado devia-se à interação entre a luz refletida nas duas superfícies do filme, e propôs que a luz originava-se de um movimento ondulatório rápido no meio, propagando-se a uma velocidade muito grande. Surgiam assim, as primeiras idéias da teoria ondulatória, ligadas às observações de difração e interferência, que eram conhecidas no caso das ondas sobre uma superfície de águas calmas.A interpretação ondulatória da natureza da luz explica certos fenômenos, como por exemplo, a interferência e a difração dos raios de luz.
Isaac Newton (1642-1727) introduziu a teoria corpuscular que afirmava que "a luz é composta de corpos muito pequenos, emitidos por substâncias brilhantes". Esta sua afirmação foi certamente baseada no fato de que raios de luz se propagam em linhas retas num meio homogêneo e daí a analogia com o movimento retilíneo que uma partícula descreve quando não existe força agindo sobre ela. Esta teoria corpuscular explicava, por exemplo, a formação de sombras, de imagens geradas por uma lente, etc.. Nesta época Newton aceitava as duas teorias, tanto a corpuscular como a ondulatória. A dispersão de luz por um prisma era explicada por ele como sendo devida à excitação de ondas no meio, por corpúsculos de luz; cada cor correspondia a um modo normal de vibração, sendo que a sensação de vermelho correspondia às vibrações mais longas, enquanto que o violeta, às mais curtas.
I
ndependente da natureza corpuscular ou ondulatória da luz, um dado importante a ser obtido era sua velocidade de propagação. Muitos acreditavam que ela se propagava instantaneamente, com velocidade infinita. Porém, em 1676, Dane Ole Christensen Römer (1644-1710) sugeriu a medida da velocidade da luz pela verificação do intervalo entre eclipses da lua Io, de Júpiter, que se move praticamente no mesmo plano que este planeta se move em torno do Sol. A realização destas medidas demonstrou que embora muito grande, a velocidade da luz é finita.
Ao final do século XVII, ambas teorias (corpuscular e ondulatória) eram aceitas. Durante o século XVIII acabou prevalecendo a teoria corpuscular, principalmente devido ao grande peso científico de Newton, que havia optado por esta. Não houve grandes avanços da óptica naquele século, exceto pela construção do dubleto acromático em 1758, por John Dollond (1706-1761).

Um comentário:

  1. Olha Muito obrigado por vocês porem este trabalho na internet além de me ajudar mostra como você é inteligente e tens ideias ótimas!!!!!!!!Brigado mesmo.Sou do Rio Grande do Sul-Seberi Maristela e curso o segundo ano do Curso normal na minha cidade e é esteassunto q minha profª de fisica se referia brigado mesmo!!!!!Abração....

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